sábado, 10 de janeiro de 2009

PONTAL DAS ALMAS - CEARÁ

A primeira parada é em Barroquinha, a 390 quilômetros de Fortaleza. Da cidade, seguimos para a Praia de Bitupitá, uma tranquila colônia de pescadores. Aguardando a hora certa de entrar no mar, as jangadas ficam ancoradas, compondo uma bela paisagem. Vale à pena dar uma paradinha para admirar...
Daí pra frente, só podemos fazer o trajeto com carro de tração 4 por 4 e ainda assim, é preciso cuidado! O acesso para o Pontal das Almas é pela praia. Por isso, tivemos que esperar umas 2 horas para a maré baixar. Só depois, pudemos seguir viagem. São apenas 5 quilômetros, mas é encantador! Só tem areia limpinha, vegetação nativa e um mar que convida a um bom banho! Mais à frente, na curva do mar, a beleza se acentua. Os raios de sol refletidos na água formam um verdadeiro espelho da natureza. Paramos só para admirar!
Alguns passos e chegamos ao Pontal das Almas. Parece que o nome se justifica porque lá não tem um ser vivente sequer, é totalmente desabitado e deserto. O que se vê é apenas uma extensão de areia e o que se ouve é o barulhinho do mar. De um lado é o Ceará, já do outro lado, o Estado do Piauí. No Pontal, a natureza caprichou: é possível ver árvores dentro do mar. Beleza, tranquilidade e lenda. Lá encontramos o túmulo de Adelaide Tahim. Os nativos contam que ela vivia com o marido e os filhos no Pontal. Depois de morta, há 80 anos, ela apareceu em sonho para um agricultor pedindo para ser sepultada na praia. O pedido foi atendido e à partir daí, apareceram vários milagres na região.
Em Bitupitá, até uma Igreja foi construída para ela. A festa é no mês de agosto. Dona Cândida, uma senhora de 70 anos que nasceu e cresceu no local, conta que "Santa Adelaide"era muito boa. "Ela gostava de ajudar os pobres. Pegava roupa nova na loja da família e doava a quem pedisse. Todos buscavam ajuda com ela."
E a fama da Santa que a Igreja ainda não reconheceu se espalhou na Região. É comum famílias batizarem as filhas de Adelaide. Na cidade tem mais de 100. Dona Ester Marcolino batizou a filha depois de um parto difícil. Daí para frente, todos os anos ela homenageia a "Santa". "Todos os anos vou de branco na missa dela e assisto todinha de joelhos. Até eu morrer vou fazer isso." A filha Adelaide Torres, de 36 anos, é cozinheira, saudável e se orgulha do nome. "Fico feliz pois tenho nome de santa, ela salvou a gente."
Essas são um pouco das histórias e das belezas do PONTAL DAS ALMAS. Um lugar lindo, que transpira paz e energias positivas! Adorei!!
Tereza Tavares, de Barroquinha - CE

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